Flebites e os cuidados em enfermagem para a prevenção
- novembro/2020
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Cerca de 5% dos pacientes que dependem de terapia intravenosa apresentam flebites. Essas lesões inflamatórias nas paredes das veias ocorrem por equívocos no preparo da punção, por incompatibilidade com fármacos ou materiais e tempo prolongado de inserção.
As equipes de enfermagem devem atender a diferentes níveis de classificação de cuidados para evitar o surgimento das flebites e o prolongamento do tempo de internação.
A Infusion Nurses Society (INS), organização internacional especializada em terapia de infusão, aponta três graus de cuidado para prevenção de flebites.
>> Cuidado satisfatório (grau 0): dispositivo bem fixado, limpo e o paciente não relata dor;
>> Cuidado insatisfatório (grau 1): caracteriza o dispositivo deslocado na veia durante a movimentação do braço. Além disso, refere a presença de sangue na parte interna do cateter ou no curativo;
>> Cuidado muito insatisfatório (grau 2): diz respeito à desatenção, em que o cateter se desloca na veia e é mantido pelo curativo por mais de cinco dias.
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Como prevenir flebites
É preciso planejamento para prevenir complicações ligadas ao acesso venoso. A escolha de veias calibrosas diminui as chances de problemas na inserção de cateteres. Outra estratégia diz respeito aos materiais, como a escolha do menor dispositivo para infusão.
Também é indispensável o rodízio do local puncionado a cada 72 horas. Com isso, é importante que o enfermeiro se certifique da fixação adequada para prevenir irritação. Ademais, a troca de frascos a cada 24 horas e a correta higienização reduzem eventos adversos.
Algumas patologias podem elevar o risco de flebite. Nesses casos, a equipe de enfermagem deve redobrar a atenção para prevenir comorbidades. Condições como infecção sistêmica, doenças crônicas e pacientes dependentes de infusão contínua e intermitente pelo cateter têm maior risco de flebite relacionada a inserção de cateter intravenoso periférico.
Sintomas
O artigo Flebite associada a cateteres intravenosos periféricos em adultos internados em hospital da Amazônia Ocidental Brasileira, publicado por pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo (USP) se refere à sintomatologia em graus variáveis: “Edema, dor e eritema ao redor do local de inserção do cateter ou ao longo do trajeto do vaso, sendo possível a evolução para um cordão fibroso palpável, além de intenso rubor, sensibilidade local e febre”. Complicações assim impõem interrupções terapêuticas e podem ocasionar estresse no paciente, além de aumento do custo do atendimento.
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Redação Secad
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