Medicina veterinária preventiva: estratégias de atuação
- janeiro/2021
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A medicina veterinária pode ser curativa ou preventiva, assim como acontece no cuidado humano. Tempos atrás, a própria formação veterinária era voltada ao tratamento e ao controle de doenças. Hoje, no entanto, com o aumento da presença de animais entre as famílias, o foco da formação migrou para a promoção da saúde e a prevenção de patologias. Como os tutores se preocupam cada vez mais com o bem-estar dos pets, as práticas preventivas se tornaram mais presentes a fim de garantir a qualidade de vida e a longevidade dos animais.
Esse contexto tem impulsionado o mercado da medicina veterinária preventiva. Afinal, tende a ser mais rentável ao profissional oferecer check-ups, acompanhamento nutricional e exames laboratoriais do que apostar nas intervenções complexas como serviço principal.
A abordagem, portanto, contribui para a saúde dos animais, para a sustentabilidade das clínicas particulares e para hospitais veterinários, uma vez que reduz os custos com internações e medicamentos.
Saiba, a seguir, quais são as principais áreas de atuação da medicina veterinária preventiva e como incluí-las na sua rotina de atendimentos.
Vacinação
Em animais, as vacinas são a primeira estratégia de medicina preventiva. Todo profissional deve seguir as diretrizes globais de vacinação da Associação Veterinária Mundial de Pequenos Animais (WSAVA), garantindo que seus pacientes recebam as doses corretas na faixa etária indicada. A conduta reduz a incidência de diversas doenças infecciosas e ainda diminui os riscos da transmissão de zoonoses como raiva, leptospirose e giardíase.
É papel do veterinário informar os tutores sobre a importância da imunização periódica, frisando os benefícios individuais para o animal e para a espécie. Também é dever do profissional de veterinária esclarecer os riscos e as complicações geradas por cada patologia.
Controle de parasitas
A detecção e a prevenção de parasitoses são a segunda linha de cuidados preventivos. Sem exames frequentes, os pets podem desenvolver doenças como a leishmaniose, a pulicose e a babesios. A melhor maneira de identificar rapidamente a presença de parasitas é através de análises de fezes e urina. Por isso, elas precisam ser realizadas, em média, a cada dois meses. Dessa maneira, é possível iniciar o tratamento medicamentoso antes de haver comprometimento sistêmico.
Check-ups gerais
As baterias de exames gerais são outra frente da medicina preventiva. Periodicamente, o médico veterinário precisa avaliar sinais vitais, peso, hemograma, funcionamento dos órgãos, alterações estruturais, funcionais ou comportamentais.
Manter uma frequência de observação permite que quadros patológicos sejam diagnosticados em fase inicial e tenham um prognóstico melhor. O ideal é que as clínicas ofereçam uma lista completa de exames clínicos e laboratoriais, e que o profissional monte, junto ao tutor, uma agenda com os resultados de cada exame e as datas de retorno.
Acompanhamento nutricional
A alimentação tem grande influência sobre a saúde dos pets. Quando é balanceada, diminui as chances do animal desenvolver alergias e doenças como a diabetes. O veterinário deve recomendar a ração de acordo com a raça, porte e idade do paciente, além de informar os tutores sobre quais alimentos podem ser incluídos na dieta e quais devem ser evitados, sempre de forma personalizada. Cabe ao profissional de veterinária, ainda, orientar a rotina de exercícios do pet, indicando a frequência e a intensidade ideal.
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Redação Secad
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