Veterinária: saiba como diagnosticar inflamação na glândula adanal
- março/2021
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Cães possuem estruturas na região anal chamadas de adanais ou glândulas do saco anal. Com o passar do tempo, elas podem sofrer alterações físicas ou orgânicas motivadas por diferentes causas. Para iniciar o tratamento adequado, é fundamental conhecer a origem da inflamação, que costuma ter três tipos de causa: impactação, infecção e abscedação.
A glândula adanal produz um líquido oleoso cuja principal função é a lubrificação do canal das fezes. A substância é usada também para a identificação entre os próprios cães. É por conta disso que eles “se comunicam” levantando a cauda e buscando reconhecimento.
De cor amarelado, o líquido fica visível quando o cão se sente ameaçado, passando a expelir óleo como sinal de defesa. Por ser um material fétido, muitos tutores buscam o serviço veterinário a fim de espremer a glândula – o que não é indicado.
Principais causas da inflamação na glândula adanal
Quando ocorre o acúmulo da substância lubrificante no saco anal, o cão pode desenvolver uma série de complicações.
- Impactação: geralmente ocorre em cães mais idosos e decorre por conta do endurecimento do conteúdo da glândula. Como as secreções dificilmente são eliminadas fisiologicamente, surge um acúmulo de resíduos no saco anal, causando dor e incômodo;
- Infecção: surge quando há uma contaminação causada pelas fezes, dentro da glândula adanal;
- Abscedação (formação de abscesso): é provocada por impactos crônicos ou abcessos, o que ocasiona o rompimento do saco anal.
Os sinais variam conforme a origem do problema. A impactação pode aumentar a frequência do ato de lamber o local, assim como o cão pode esfregar frequentemente o ânus no chão ou sentir dor ao defecar. Nesse caso, é evidente um aumento de volume no local de um ou dos dois lados do ânus.
A infecção apresenta os mesmos sintomas da impactação, mas com o surgimento de secreção amarelada e sanguinolenta. Nessas duas causas, a lambedura exagerada tende a causar dermatite piotraumática no local.
Já na abscedação há a presença de drenante ou ferida, com presença de pus, sangue ou crostas. Além de dor, o animal pode ter febre, perda de apetite e apatia.
Diagnóstico e tratamento indicado para o saco anal
O diagnóstico é feito por meio de histórico do animal e da avaliação de sinais clínicos. No exame físico, o veterinário precisa observar a manipulação no local, o aumento do volume dos sacos anais, analisando se há dor na pressão digital. É importante atentar a alteração na consistência, coloração e odor da secreção na drenagem glandular.
O tratamento varia conforme a causa da doença. Em casos de impactação, drena-se o conteúdo glandular com o cão sob efeito anestésico. A alteração na dieta é uma parte importante do tratamento, pois auxilia cães com problemas no saco anal.
Para tratar a infecção, também é necessária a drenagem. Nesses casos, o cão tem de fazer uso de antibióticos sistêmicos. Já quando há abscedação, a indicação é de higienização do local e aplicação de antibióticos tópicos. Na cicatrização, deve-se fazer compressas mornas e uso do colar elisabetano para que o animal não lamba a região.
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Redação Secad
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