Faringite: como diagnosticar e prescrever adequadamente
- janeiro/2021
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A inflamação da faringe é uma das principais doenças do trato respiratório. A condição é causada por infecção viral ou bacteriana e a distinção dos fatores é essencial para determinar o manejo da faringite e o tratamento assertivo.
A infecção na faringe gera uma inflamação dolorida na parte superior da garganta, que liga o nariz e a boca. Laringite, amigdalite e outras complicações também podem desencadear dores de garganta. Por isso, é preciso descobrir a origem do problema.
A faringite viral é a mais comum. Nesse caso, os sintomas podem vir acompanhados de conjuntivite, coriza, rouquidão, tosse e diarreia. Não raramente, a inflamação se espalha e chega às amigdalas – o resultado é uma faringoamigdalite.
Já a manifestação bacteriana de faringite é causada, na maioria das vezes, pelo Streptococcus β hemolítico do grupo A (GABHS). Entre as manifestações clínicas estão calafrios, febre alta, dor de garganta, prostração e cefaleia.
Em crianças menores de 3 anos os sintomas são obstrução nasal, coriza, tosse e rouquidão. Na manifestação bacteriana, a febre tende a ser mais alta. Por isso, o atendimento médico deve ser feito assim que os sintomas surgirem.
Diagnóstico da faringite
O diagnóstico clínico é suficiente para identificar edema e secreção. No exame físico, o médico deve verificar possíveis linfonodos no pescoço. A condição indica que a infecção é de origem bacteriana.
Quando não for possível determinar a origem viral ou bacteriana da faringite apenas pela anamnese, o médico pode solicitar exames. O teste rápido, que colhe secreções da garganta, indica o resultado.
Uso racional de medicamentos
A medicina vive a realidade da resistência antimicrobiana e do uso indiscriminado de anti-inflamatórios. Os medicamentos são usados no tratamento da faringite em por isso, o diagnóstico diferencial é essencial para otimizar a prescrição.
Além disso, em alguns casos, como na faringite viral, é possível que a inflamação seja absorvida pelo organismo e se resolva em até dez dias. Nesse caso, analgésicos podem ser indicados para controlar o mal-estar.
Para a infecção bacteriana, no entanto, pode ser necessária a abordagem com antibióticos. Penicilina, eritromicina e amoxicilina são os mais indicados. A depender do estágio da doença e condições do paciente, a administração pode ser feita por via oral ou intravenosa.
Medicamentos injetáveis tendem a redimir os sintomas em até 48 horas após a aplicação. Já os fármacos de via oral devem ser ingeridos sempre no mesmo horário para garantir a eficácia do tratamento. Aqui, cabe ao médico orientar o paciente: é preciso seguir o tratamento mesmo que os sintomas tenham desaparecido.
Além disso, é fundamental instruir sobre a importância do repouso e de alimentação adequada. Outro fator importante para a recuperação de um quadro de faringite é a hidratação. No entanto, líquidos muito quentes ou muito gelados podem irritar a faringe e retardar a melhora.
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Redação Secad
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