Monitoramento e avaliação são as principais estratégias para qualidade da atenção básica
- março/2021
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No Brasil, como em qualquer país, as políticas públicas de saúde são criadas com base nas principais demandas do setor. Na atenção básica, conhecida como a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), não é diferente. Vem daí a necessidade de monitoramento e avaliação (MA) dos indicadores de qualidade dos serviços. A gestão de estratégias, como a saúde da família, também depende de parâmetros colhidos pelos atores envolvidos na assistência.
O monitoramento representa o rol de esforços para o acompanhamento sistemático de aspectos primordiais de uma determinada intervenção, por meio de indicadores mensurados com a coleta contínua de dados. Já a avaliação corresponde ao exercício de mensurar, compreender e julgar os efeitos de uma determinada intervenção, de modo a subsidiar as escolhas da comunidade política no processo de tomada de decisão – seja ele na etapa de implementação ou implementação da intervenção avaliada.
Nas últimas duas décadas, o Ministério da Saúde tem se debruçado sobre indicadores da atenção básica. Mas foi nos últimos dez anos que as práticas de monitoramento e avaliação se consolidaram como estratégias basais para a evolução do SUS. Nesse período, chama atenção entre as demandas da saúde pública o subfinanciamento da atenção básica.
As três esferas de governo são responsáveis pelo monitoramento e avaliação e pela tomada de decisão a partir dos apontamentos desses parâmetros. No entanto, é no âmbito da gestão dos serviços de saúde, na ponta, que a prática se consolida efetivamente.
Como aplicar a estratégia de monitoramento e avaliação
Cabe ao gestor de cada serviço garantir o suprimento de dados aos sistemas de informação próprios da atenção básica. Entre eles, o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), o e-SUS e o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).
Para tanto, é fundamental a criação de uma cultura organizacional que busque a informatização dos dados. O prontuário eletrônico individual deve estar sempre atualizado com o histórico completo do paciente, informações sobre consultas, estado de saúde, encaminhamentos, exames e registros de vacinação.
Outro ponto importante está na garantia das condições de trabalho das equipes de saúde. Aqui, o gestor de cada serviço tem de saber mensurar a quantidade e a qualificação dos servidores. Assim, ele terá em mãos subsídios para requisitar mais recursos e pessoal a fim de garantir a qualidade da assistência.
Na outra ponta, está o usuário. Afinal, ele também faz parte do monitoramento e avaliação na atenção básica. Sua contribuição é com a avaliação da assistência. Para tanto, cada serviço deve orientar os usuários a contribuir com o sistema, dando sua opinião sobre os atendimentos. Só assim União, Estados e municípios poderão cruzar informações para, a partir delas, viabilizar melhorias e a manutenção de recursos adequada para serviço de saúde.
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Redação Secad
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