TRATAMENTO DO PACIENTE COM CÂNCER DE PRÓSTATA OLIGOMETASTÁTICO

Autores deste artigo

• ARI ADAMY JÚNIOR

• OSNY DE BARROS JÚNIOR

Resumo

O câncer de próstata oligometastático pode ser considerado um estádio intermediário entre a doença localizada e a doença disseminada, com prognóstico mais favorável quando comparado à doença metastática. Com o surgimento e a popularização dos métodos de imagem de última geração, como a tomografia por emissão de pósitrons com antígeno de membrana específico para próstata (em inglês, positron emission tomography ? prostate-specific membrane antigen [PET-PSMA]), há uma expectativa de um maior número de pacientes diagnosticados com doença oligometastática e um maior interesse no manejo desses pacientes tem surgido. Recentemente, diversos estudos têm focado no tratamento de pacientes nesse cenário. A adição de terapias sistêmicas, como docetaxel, abiraterona, apalutamida e enzalutamida, à hormonioterapia demonstrou melhora nos desfechos oncológicos nesses pacientes. Além disso, a radioterapia direcionada ao tumor primário em associação com hormonioterapia demonstrou melhora na sobrevida em pacientes com doença de baixo volume. Apesar de não haver dados sobre a eficácia oncológica, a prostatectomia radical parece ser factível e segura nesses pacientes. Nos pacientes com doença recidivada e de baixo volume, a terapia direcionada à metástase demonstra resultados promissores, retardando a necessidade de terapia sistêmica, apesar de ainda não haver dados sobre melhora na sobrevida. Dessa forma, diversas opções de tratamento existem no cenário da doença oligometastática, sendo fundamental a identificação adequada do paciente para definir a melhor forma de tratamento.  

Palavras-chave

Câncer de próstata; Metástase; Radioterapia; Prostatectomia; Antiandrogênios; Urologia; Oncologia.