DISSECÇÕES ARTERIAIS CRANIOCERVICAIS

Autores deste artigo

• DANYELLE SADALA REGES

Resumo

As dissecções arteriais craniocervicais (DACs) são comuns em pacientes jovens, apesar de representarem apenas 2 a 3% de todas as causas de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Classicamente, estão associadas a doenças do tecido conectivo e a fatores ambientais, como traumas triviais. O porquê de as dissecções ocorrerem espontaneamente em indivíduos expostos a fatores frequentes na população geral ainda é o motivo de pesquisas. As principais manifestações clínicas estão relacionadas com fatores compressivos, como a síndrome de Horner e a paralisia de nervos cranianos baixos, e com sinais e sintomas associados a eventos cerebrovasculares, como AVCI e hemorragia sub aracnoidea, além de cefaleia e cervicalgia, que são os sintomas mais frequentemente relatados. O diagnóstico é feito por meiode exames de imagem vascular, que evidenciem a presença de hematoma intramural, flap intimal e estretamento do lúmen arterial. O tratamento é dividido em tratamento da fase aguda, com as terapias de reperfusão preconizadas para os casos de AVCI, como trombólise química e trombectomia mecânica e terapia antitrombótica de manutenção com anticoagulação ou antiagregação plaquetária. O prognóstico é geralmente bom e depende de fatores como a presença de síndrome de Horner, a gravidade e a localização do acidente vascular cerebral(AVC) e as características radiológicas, como oclusão arterial. Entretanto, no geral, as dissecções apresentam prognóstico favorável, com baixa taxa de recorrência.  

Palavras-chave

dissecção arterial craniocervical; acidente vascular cerebral; neurologia.