Enfermagem forense: conheça o potencial da área e veja como se qualificar
- janeiro/2021
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Não é novidade que a violência é um problema endêmico no Brasil. Em 2020, no entanto, houve aumento expressivo nas denúncias de agressões contra idosos, que cresceram de 59%. Além disso, houve acréscimo de 3,8% nas chamadas para o 190 por violência doméstica contra a mulher.
As vítimas desses e de outros crimes que provocam traumas físicos, psicológicos e sociais dependem de assistência de enfermagem. É nesse âmbito que a especialidade em enfermagem forense ganha espaço, compondo um elo entre questões judiciais e as ciências da saúde.
O Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen) reconhece a enfermagem forense como uma especialidade desde 2011, por meio da resolução 389. “Devem dominar o conhecimento sobre os sistemas legais, recolher provas, prestar depoimentos em tribunais. Outras áreas de atuação do profissional forense estão: investigação da morte, enfermagem psiquiátrica forense, preservação de vestígios, consultoria, enfermagem forense carcerária”, descreve a entidade.
Atuação em enfermagem forense
Os setores de emergência, centros de saúde e instituições médico-legais são os principais focos da atuação da enfermagem forense no Brasil. Nesses espaços, cabe ao enfermeiro a participação na investigação clínica da morte, na coleta evidências no corpo e no ambiente que indiquem a causa e mecanismo da morte. O processo pode ser comparado ao que acontece em casos de estupro, em que o profissional deve coletar amostras e realizar exame físico da vítima.
Em seguida, o enfermeiro faz os devidos encaminhamentos, quando necessário, para atendimento médico. Outra linha de atuação para o profissional é a enfermagem psiquiátrica forense, que presta assistência às vítimas de traumas atuando junto à vítima, aos ofensores e aos familiares.
Além das competências técnicas, o enfermeiro forense precisa atender às demandas administrativas e jurídicas dos casos de violência. Nesse caso, ocupa-se de levantar a documentação completa da ocorrência e dos achados e se encarrega da preservação das evidências. Não raramente, esses profissionais são chamados a depor em julgamentos, além de atuarem como testemunha especializada.
Os profissionais da área são orientados pelas diretrizes dos conselhos nacionais e regionais, além de seguirem preceitos da Sociedade Brasileira de Enfermagem Forense (Sobef). O foco da entidade é “colaborar na formulação de estratégias para a prevenção de todos os tipos de violência e para atuação eficaz do enfermeiro na detecção e a assistência aos envolvidos.”
Como se qualificar
A especialização em enfermagem forense é relativamente nova no Brasil. Justamente por isso é considerada promissora, pois o mercado carece de profissionais na área. Prova disso é que sempre houve profissionais de enfermagem atuando no segmento, ainda que sem formação adequada.
Após a graduação em enfermagem, o profissional pode ingressar em uma especialização, desde que devidamente registrada nos conselhos de classe. Ainda assim, atualizações continuadas são essenciais para a área da enfermagem forense, já que as leis e diretrizes mudam com frequência.
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Redação Secad
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