SUPORTE NÃO INVASIVO NEONATAL E INDICADOR DE LESÃO POR INTERFACE: DA SALA DE PARTO À UTI NEONATAL

Autores deste artigo

• HANNA SETTE CAMARA DE OLIVEIRA

• SIMONE NASCIMENTO SANTOS RIBEIRO

• EMANUELLA CRISTINA CORDEIRO

• DAYANE MONTEMEZZO

Resumo

Apesar de a ventilação não invasiva (VNI) ser o método de primeira escolha e padrão-ouro no tratamento das doenças respiratórias que podem acometer os recém-nascidos (RNs) logo ao nascimento, principalmente os prematuros, seu emprego pode levar a algumas complicações. Dentre elas, a mais comum é a lesão nasal, cuja incidência descrita na literatura é de 20 a 60% nos RNs que usam esse tipo de suporte ventilatório. Mesmo com o desenvolvimento de interfaces produzidas com materiais leves e flexíveis, como a pronga nasal e a máscara nasal, com a intenção de proporcionar melhor adaptação e conforto ao RN, o trauma nasal é considerado um evento adverso com alta prevalência nas unidades de terapia intensiva (UTIs) e unidades de cuidados intermediários neonatais. O trauma nasal apresenta consequências negativas e, por ser evitável, recomenda-se que todos os profissionais das unidades neonatais atuem para minimizar ou prevenir sua incidência em decorrência do uso da VNI, cuja modalidade mais empregada no desconforto respiratório é a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). O fisioterapeuta deve atuar no manejo do suporte não invasivo, e seus principais cuidados envolvem a escolha da interface da VNI, seu posicionamento, fixação e umidificação, bem como o uso de medidas protetoras da pele e a constante inspeção, junto à equipe multidisciplinar, a fim de evitar qualquer lesão e seus efeitos indesejados ao RN.

Palavras-chave

Suporte não invasivo; VNI; Lesão nasal; Pronga nasal; Máscara nasal; CPAP.